6:30
6:30 da manhã. Avenida da Liberdade. Avisto, alguns metros à minha frente, um carro da Polícia Municipal a circular sem luzes. Zero. Nem médios, nem mínimos, nem máximos. Nada. De repente ficamos ao lado um do outro, num sinal no meio da Avenida mais poluída de Lisboa, mas que naquela noite mais parecia estar cheia de "paparazzis" tal a trovada que estava em cima da cidade. Abro o vidro. O Polícia também. Digo: "Boa noite. Olhe que está sem luzes". O "senhor guarda", carrega no botão da luz e acende e apaga como quem diz: " ah e tal isto é que não está a funcionar bem. Eu era incapaz, como agente de autoridade, de andar com luzes apagadas com o carro de serviço de madrugada.". Pois. E o Polícia nada disse. Nem boa noite, nem obrigado. Nada. E entretanto ainda fechou a janela antes do sinal abrir, em claro sinal de simpatia para com a minha pessoa. Havia de ser eu a andar sem luzes às 6h em Lisboa...