E assim foi A Noite Passada... Até...
A noite chega ao fim....a Noite que passou chega ao momento em que a paixão dança pela madrugada que amanhece, mas longe dos nossos olhares. A história que fomos contando ao longo destes últimos 6 anos, fica em aberto, mas por agora tem um fim. Ninguém sabe o amanhã, nem o que a Noite nos pode trazer. Apenas podemos garantir que o amor vai estar sempre connosco, com eles, em qualquer momento.
6 anos, 290 noites. Obrigado a todos da Rádio Autónoma e Rádio Lisboa por acreditarem na paixão que dança e no amor que amanhece. E a todos os que ouviram A Noite Passada.
E assim foi a Noite Passada... Até....
1
Naquele fim de tarde singular, quando o avião aterrou, o crepúsculo laranja ardente da tarde ainda tardava. Entrou em direcção a um táxi, sentindo no corpo o medo de todas as suas abstracções. O asfalto da estrada cedia rápido à velocidade do carro. O perfume dele, ausente, começou a arrombar os sentidos dela em pensamento. Sentidos fechados com trancas duras e pesadas que facilmente se abrem apenas com um vazio dorido que preenche um canto de um corpo há muito afectado pela ausência. Uma mente dormente para o sentimento segue naquele carro com ela. E ali começa a perceber o seu futuro, mesmo antes de chegar...
2
O manto negro da escuridão de uma qualquer noite passada, começou a embrulhar os seus sentimentos. Ela que até aí, se tinha feito de distraída com o que tinha feito na sua vida, pediu ao táxi para parar. Saiu. Bebeu a poluição da cidade que se adapta ao nosso ser todos os dias e olhou. A sua mente ficou algo fleumática com o cenário onde estava, mas não sabia se queria estar. Viveu em momentos uma agonia assustadora que a proibia de se mexer e ficou a pensar: 'Esta que quer falar não sou eu...ou serei? ' As interrogações não chegaram para lhe encher o peito de coragem e ali ficou, a olhar para os 'nós' da mão pensando se ia ou não bater naquela porta verde...
3
Por vezes a vida não chega para perguntarmos se nos deixam ser felizes. A sua silhueta feminina elegante começou a deixar-se seduzir pelas memórias de um beijo denso que não mais recebeu. Continuou sem perceber o medo que estava nela e na hesitação lembrou Shakespeare: "As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar". A falta de um amanhã fá-la recusar-se em si mesma e pensar em voltar para trás e desistir daquele momento. A dúvida trespassa-a, mas num assomo de coragem deixa-se ir e bate à porta...
6 anos, 290 noites. Obrigado a todos da Rádio Autónoma e Rádio Lisboa por acreditarem na paixão que dança e no amor que amanhece. E a todos os que ouviram A Noite Passada.
E assim foi a Noite Passada... Até....
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Naquele fim de tarde singular, quando o avião aterrou, o crepúsculo laranja ardente da tarde ainda tardava. Entrou em direcção a um táxi, sentindo no corpo o medo de todas as suas abstracções. O asfalto da estrada cedia rápido à velocidade do carro. O perfume dele, ausente, começou a arrombar os sentidos dela em pensamento. Sentidos fechados com trancas duras e pesadas que facilmente se abrem apenas com um vazio dorido que preenche um canto de um corpo há muito afectado pela ausência. Uma mente dormente para o sentimento segue naquele carro com ela. E ali começa a perceber o seu futuro, mesmo antes de chegar...
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O manto negro da escuridão de uma qualquer noite passada, começou a embrulhar os seus sentimentos. Ela que até aí, se tinha feito de distraída com o que tinha feito na sua vida, pediu ao táxi para parar. Saiu. Bebeu a poluição da cidade que se adapta ao nosso ser todos os dias e olhou. A sua mente ficou algo fleumática com o cenário onde estava, mas não sabia se queria estar. Viveu em momentos uma agonia assustadora que a proibia de se mexer e ficou a pensar: 'Esta que quer falar não sou eu...ou serei? ' As interrogações não chegaram para lhe encher o peito de coragem e ali ficou, a olhar para os 'nós' da mão pensando se ia ou não bater naquela porta verde...
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Por vezes a vida não chega para perguntarmos se nos deixam ser felizes. A sua silhueta feminina elegante começou a deixar-se seduzir pelas memórias de um beijo denso que não mais recebeu. Continuou sem perceber o medo que estava nela e na hesitação lembrou Shakespeare: "As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar". A falta de um amanhã fá-la recusar-se em si mesma e pensar em voltar para trás e desistir daquele momento. A dúvida trespassa-a, mas num assomo de coragem deixa-se ir e bate à porta...